quinta-feira, 12 de março de 2009

O FATOR HUMANO E O SUCESSO NA COMUNICAÇÃO

Hoje algo me chamou a atenção. Estava no site da Catho e uma pessoinha, uma figura desenhada, me dizia que fazia mais de uma semana que não me indicava para uma vaga. Nossa!!! Comecei a pensar, realmente, essa pessoinha desenhada é minha amiga e me ajuda o tempo inteiro....

Faz tempo que vejo campanhas de comunicação, e é engraçado ver como a gente, digo a gente, pois sou uma comunicóloga e vivo fazendo isso também, tentamos substituir o fator humano nas comunicações.

Precisamos criar métodos, maneiras e artefátos que possam chamar a atenção das pessoas para nosso produtos, nossos serviços, e estamos o tempo inteiro colocando o cérebro para funcionar, tentando substituir pessoas, que acabam custando caro. E isso é outro fato, pessoas requerem direitos autorais, e o brasileiro está acostumado a achar que tudo pode ser feito de uma outra maneira. Mais fácil, menos custo e assim, vamos tentando ludibriar a nós mesmos.

Mas, a triste realidade é que o fator humano é um sucesso. Sem questionamentos, pessoas atraem pessoas. Mesmo que se crie uma mascote, todos acabam vendo nesse serzinho, bonito, engraçadinho uma pessoinha. Se não se cria a mascote, é preciso de uma figura, o chefe, uma pessoa-chave que mova as demais. O fato é que não importa o que se crie, o ser humano precisa de um outro ser, alguém que lhe diga algo. Mesmo sem querer, estamos fadados a dividir.

E é assim nas campanhas motivacionais, na propaganda, nos blogs, no twitter, no orkut, nas novelas, telejornais etc... é preciso se ter uma referência, alguém com opinião, que nos mostre aonde chegar, qual produto escolher, o que é melhor ou pior; alguém que norteie nosso dia-a-dia.

Não vou muito longe, tenho em mãos uma jogada de marketing fantástica:
Gol de Ronaldo faz narradores esportivos torcerem na TV... nada mais, nada menos, do que uma pessoa, um cara que veio do nada, cresceu, ganhou muito dinheiro e sabe a técnica de jogar futebol, sem contar seu talento. E o que é que tem!?! É claro que aqui a aposta foi alta, mas mesmo que Ronaldo, o fenômeno, não se desse bem, todos estaríamos compadecidos por ele. Dentro de agências de porpoaganda e como já fui chefe de uma equipe de criação, sei bem como classicar uma campanha de fria ou quente. Sem pessoas, é preciso de muitos argumentos e cores, os apelos são imensos, mas quando se coloca um sorriso, uma pessoa, ganhamos a simpatia e o desejo do outro de, pelo menos, estar como quem se vê.


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