sábado, 13 de setembro de 2008

EXPERIÊNCIA COM MARCAS - UM LABORATÓRIO QUE PODE CAUSAR MAL

Durante muito tempo ouvi, estudei e ensinei para muitos profissionais a famosa "experiência de compra ou de marca", ou seja, o teste final de uma comunicação eficaz. Por isso, tantas e tantas empresas gastam rios de dinheiro na capacitação de seus profissionais, no famoso padrão de qualidade, iso 9000 e isso e aquilo, pesquisas e mais pesquisas para tentar entender e atender às necessidades de seus clientes. Criam missão, visão e valores. Traçam ações para materializar tudo isso.

E o que é que tem!?! Tem que de nada adianta missão, visão e valores, uma campanha milionária, uma bela publicidade, uma embalagem bonita, ações e mais ações de PDV, quando a experiência com a marca torna-se um desastre.

A empresa pode gastar rios de dinheiro com a qualidade do produto ou serviço, com sua embalagem, apelo emocional, mas se, quando o cliente chega lá na ponta, no ato da compra do produto ou serviço, o atendimento não provar tudo o que a empresa vem pregando no discurso, seu produto ou serviço já era.

Hoje tive o desprazer de comprovar esse fato que, durante anos, venho aplicando e ensinando. Tinha que fazer um exame, liguei para o convênio e indicaram-me a Clínica Fares, uma clínica médica da zona norte. Liguei dias antes para marcar o exame e a atendente da Clínica Fares informou que eu deveria ligar para meu convênio e pegar a autorização. Ok, liguei e para minha surpresa o convênio informou que não sou eu quem pega a autorização e sim a clínica, que tem um canal online só para isso, coisa que não demora 2 minutos.

Cheguei à Clínica Fares meia hora antes, conforme fui orientada por sua atendente no dia que marquei o exame. A Clínica estava cheia, porém, para minha outra supresa, somente estavam fazendo as fichas das pessoas particulares. Isso dava para ver, uma vez que eu tinha um placar bem no meio da minha cara informando o status de espera de convênios (17) e particulares (3). Ouvindo uma pessoa que estava reclamando ao meu lado de estar há meia hora no local esperando para ser atendida e era conveniada a um plano de saúde, fui ao balcão de informações perguntar qual o procedimento alí. Para meu desespero o atendente do balcão disse que realmente quem era particular passava na frente, pois pagavam mais rápido e não tinha a burocracia do convênio. Pensei: "pera aí!!! O cúmulo do capatalismo tá aqui dentro... quer dizer que não basta pagar o convênio, meu dinheiro vale menos quando isso acontece!!!!!"

Comecei a reclamar em alto e bom som... aliás já fiz as devidas reclamações no site do meu convênio e no site da Clínica Fares. "Depois que comecei a dar uma de anarquista o placar virou 11 particulares e 2 convênios, e a fila começou a andar. Nossa, nem o Ronaldinho Gaúcho consegue mudar um placar com tanta rapidez."

Pena que os absurdos não acabaram aí. A atendente que fez a minha guia de exame pediu meus documentos e perguntou o que ia fazer. Informei: "Tenho hora marcada para fazer uma ultrasonografia transvaginal." Heis que a "pérola" solta: "Mas quem vai passar a Senhora ou o Sr. Thiago?" Preciso dizer que depois que soltei a frase a seguir é que percebi o constrangimento: "Minha querida, ultrasonografia transvaginal só quem pode fazer é quem tem uma vagina, e o Sr. Thiago não tem!".

Passado essa cena, ela pediu para que eu aguardasse, pois a autorização com o convênio demoraria. Lembrei-me imediatamente do que foi passado pelo convênio e resolvi cronometrar. A moça que tira as autorizações levou exatos 3 minutos para imprimir a autorização e levar até a mesa da atendente, junto com a guia do exame. Mas... a atendente olhou para o papel e continuou a chamar as senhas. Atendeu mais 3 pessoas e meia hora depois, chamou meu nome. Ora, digam-me vocês se isso é ou não uma falta de respeito e caso para com um cliente?

Quando fui chamada, assinei a guia do exame e pedi o nº da autorização, pois iria reclamar com meu convênio que me informou da rapidez do procedimento, coisa que não se confirmou no ato. A atendente muito sem graça veio me dizer que a moça que retira as autorizações não tinha só a minha para fazer e depois demoravam para atender no telefone. Quis o nº mesmo assim e heis que a "pérola" vai e tira "xérox do papel que a moça retirou e imprimiu da internet", que aliás está aqui na minha frente. Oras, além de tudo a atendente achou que eu era cega, burra ou o quê?

Aqui vai um lembrete à Clínica Fares, cujo site deixo ao final deste post, para que todos possam saber exatamente como são tratadas as pessoas de bem, que trabalham, pagam seus planos de saúde em dia e querem, merecem respeito no atendimento: para que imprimir aquele belo A3 e estampá-lo na parade da clínica com sua missão, visão e valores FALSOS????? Para mim está claro, o público-alvo de vocês são pessoas que pagam diretamente a vocês sem atravessadores ou intermediários... ou seja, que importa aqueles que gozam de um direito pago e adquirido, não é mesmo!?!

http://www.clinicafares.com.br/

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

É PRECISO APARECER NA FOTO?!?!

Alguns profissionais de comunicação acreditam que o importante é aparecer "na foto" sempre. ter seu nome e imagem atrelada a tudo e a todos. Eu digo que é bobagem!!!

Você não precisa aparecer para fazer com que sua comunicação seja necessária. Porém, precisar se fazer presente sempre para auxiliar, mandar uma idéia ou estratégia que funcione, que faça com que ações e campanhas sejam um sucesso.

E o que é que tem!?! Tem que aparecer na foto é para artistas, estrelas, agora se fazer necessário, é para estrategistas, pessoas que fazem diferença. Pense nisso!

domingo, 7 de setembro de 2008

COMUNICAR NEM SEMPRE É FALAR E ESCREVER BONITO...

Estava lendo meu boletim de notícias, um apanhado que faço, e também recebo de alguns amigos da área da comunicação, quando me deparei com um texto de Fernanda Romano, postado no Blue Bus... abaixo colo ele na íntegra, porque para mim ele é claro e transparente.

Quanto e quanto tempo gastamos com teses, escritas e mais escritas bonitas, com português corretíssimo... mas que, na íntegra, na hora da interpretação de texto, não dizem absolutamente nada. E sentindo-me solidária ao estresse de Fernanda, digo aqui de novo: Comunicação não é língua portuguesa!

De que adianta a um comunicólogo, seja ele jornalista, publicitário ou marketeiro, saber escrever um português perfeito se nem ao menos consegue expressar suas idéias? Se não consegue captar a alma, a essência de uma idéia, projeto ou sei lá o que? Se não consegue captar o famoso "pulo do gato"? E o que é que tem!?! Eu não sei, mas, ou acabará sendo o chato da vez, aquele cara que ninguém consegue aguentar... ou dará excelentes aulas no ensino fundamental e médio... vejam:

"Briefs, ah, quanto tempo a gente joga fora
Blue Bus
Fernanda Romano
Uma das coisas que mais me enerva no nosso trabalho é o brief. Todo mundo tem o seu formato predileto e a sua regra. Tem gente que diz que um bom brief tem apenas uma página, tem gente que diz que duas páginas sao totalmente aceitáveis. Nem tanta gente assim discute o conteúdo, que, pra mim, é a parte mais importante. Sim, eles acham que estao discutindo o conteúdo; porque estao discutindo que perguntas responder ou que caixinhas preencher, mas eles nao pensam o suficiente no 'como'. Ou seja, nao pensam no recheio.
Essa semana eu recebi um documento com a apresentaçao de campanha de uma agência com a qual dividimos um cliente e que eu admiro muito. Depois de passar as 43 páginas, eu voltei e contei quantas tinham o trabalho de verdade. Apenas 12. Eram 8 para o setup, 3 (sim, 3) pra contar a idéia, mais 4 pra explicar, algumas de execuçao, mais algumas de explicaçao (why this campaign will work) e, finalmente, falam na 'amplificaçao' - whatever that means.
O Mark Wnek costumava me dizer que se uma idéia precisa de explicaçao é porque é ruim. Pois essa agência tinha usado pelo menos 30% de sua apresentaçao pra explicar uma idéia. Que, by the way, era muito boa

Pra melhorar meu dia, poucas horas depois de concluir que até as grandes agências têm que se explicar quando estao certas, eu recebi um outro brief que, no lugar onde deveria me contar quem era o target, estava escrito - "Todo mundo que já usa o produto". Eu li. Li de novo. Virei a página pra ver se tinha algo mais que eu nao havia notado. Levantei ultrajada e fui reclamar. Recebi uma explicaçao um pouco melhor de quem eram as pessoas que já usam o produto - "Ah, eu, você, todos usamos, é bem genérico".

E fiquei pensando nos briefs. Em como eles vêm dos clientes. O planejamento - quando é bom - se vira pra encontrar os caminhos, passa pra gente e a gente destila até encontrar aquela uma linha que, se formos bons, deveria ser o brief dali pra frente. E foi aí que eu entendi porque eu me enervo com os briefs. Porque na maior parte das vezes eles poderiam ser apenas essa linha, o porque da nova comunicaçao e pra quem. Por exemplo - "Estamos anunciando porque queremos aumentar a nossa participaçao de mercado para usuários de PC". A idéia tem que ser 'Pense diferente'. Dava até pra brifar pelo Twitter"

sábado, 6 de setembro de 2008

AQUILO QUE MARCA FICA PRA SEMPRE

Inacreditável... sábado à noite, 23h27, e eu aqui blogando. Mas é que eu precisava, pois vivênciei algo que só a estratégia de comunicação pode nos dar...Estava em casa de bobeira vendo TV. Daí minha mãe olhou para o relógio e disse: muda para o SBT, começou a minha novela. Era retransmissão da novela Pantanal. Não assisti até então, devido às inúmeras atividades que tenho. Gente voltei uns 15... sei lá, minha mãe disse 19 anos atrás.


Pude sentir os cheiros, as sensações, as emoções da época. Senti saudades de pessoas, lugares e desejei continuar alí, para saborear mais e mais daquilo. E o que é que tem!?! Tem que o Sr. Silvio teve uma sacada de sorte nessa ação. Não sei exatamente se alguma "alma estratégica" pensou nessa novela com essa proporção de grandeza, mas o fato é: Conseguiu reverter seu ibope, aproximou os telespectadores do canal e ainda, fortaleceu seu "horário nobre".


Pessoas, comunicação de fato é isso!!! Expressa emoções. Marca, tatua na alma das pessoas sentimentos, desejos de voltar e viver a cada dia aquela mesma sensação. Faz de um telespectador, leitor ou ouvinte seu fã, o cara que briga por você ou por essa ou aquela marca.


Isso sim é estratégia de comunicação. Os resto, é língua portuguesa e layout bonito!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

VOCÊ SABE O QUE TORNA UMA MARCA FORTE?

Ok, ok... e o que é que tem!?!

Tem que uma marca forte se faz com comunicação! Péra lá... muita gente deve estar torcendo o nariz para o que acabei de escrever agora... principalmente os "marketeiros".

Não falo da comunicação como todos conhecem... escrita perfeita, talvez um layout bonito, ou uma campanha bárbara! Não é nada disso, pois isso é perfeitamente "derrubável", e pode ainda ser um fator crucial para queda de muitas marcas.

Estamos falando de estratégia de comunicação. estamos falando de "pensar", elaborar uma tática de guerra e isso, não se faz com um português perfeito e muito menos layout bonito! Digo que não, porque às vezes apenas é preciso um bom alinhamento, ou integração de idéias e forças.

Esse tema veio na minha mente após ler uma matéria sobre "Marca Forte", postada no site "cidade do futebol". Você ri? Mas faz todo sentido!

Veja um pedaço da matéria:
"Um dos principais fatores para o fortalecimento da marca de um clube é, necessariamente, os ídolos que por ele passam. Jogadores que marcam a sua história no futebol e que reforçam momentos vitoriosos do clube são aqueles que, invariavelmente, elevam o nome da instituição onde quer que vão. No último final de semana, a cidade de East Midlans, na Inglaterra, recebeu a abertura da Superleague Formula, competição entre carros que representam clubes de futebol. Foi o início do que pode se chamar de grande sacada esportiva, numa mistura de duas paixões mundiais: carro e futebol.

Mas do que adianta fazer uma corrida de carros de futebol se o que é mais precioso na história de um clube, que são os ídolos, não estiverem presentes. Foi assim que pensou o Milan, que faz parte da Superleague e que hoje é um dos mais avançados clubes em termos de marketing... Por essas e outras que o futebol da Europa, cada vez mais, se assimila às ações de marketing das grandes ligas esportivas americanas. Em busca da massificação de um esporte, o Milan levou para a Inglaterra um dos jogadores que mais representa a história de seu clube. Foi o único, entre os 17 que participam da competição, a ter uma idéia parecida..."

Pois é... uma ação de carros fortalecida por meio de personagens representativos do futebol, que vivem e fazem vivenciar sua paixão. Aí você diz, mas isso é marketing puro! Seria, se não houvesse a integração entre todas as áreas de comunicação, uma captando e idealizando uma ação, a outra explorando o que essa ação tem de melhor: "personagens", gente, que vive e sente o que todo mundo sente; que fazem e mostram que realmente a "paixão" existe e não é só um reclame de comercial.


E o que é que tem!?! Tem que uma história contada por jornalistas pode virar apenas história, mais uma entre tantas que são "tiradas de suas cabeças"; uma imagem mostrada por fotógrafos e marketeiros pode virar deboche ou motivo de críticas por não ter coerência com a realidade; mas, um história atrelada a imagens e fatos que representam o que se quer dizer é REALIDADE, e conquista massa!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

RUMO ÀS EXPERIÊNCIAS DE BLOG INTERNO OU INTRABLOG

Já tem um tempo que venho tentando referências de empresas que já tenham utilizado o Blog Corporativo. Para minha surpresa, o que a maioria tem como identificação de um blog corporativo é aquele que as empresas fazem para relacionarem-se com seus clientes e internautas.

Depois de uma gramde busca pelo oráculo google, descobri que existem duas empresas que são as pioneiras nessa aventura de intrablog: a IBM e o banco Santander. Contatei algumas pessoas dessas empresas e, consegui com a IBM, um canal para localizar a área ou profissional que cuida desse intrablog.

Parece que se faz luz em minha vida. Hoje falei com a assessoria de imprensa da IBM, muito simpática e atenciosa. Vamos ver se consigo marcar o tal do Benchmark (troca de experiências de práticas de mercado). Será bacana narrar para vocês o que encontrei. Também consegui contato com o Santander, porém a área responsável fica no Sul. Nosso projeto, na instituição em que trabalho, está pronto, com "carinha" e tudo. Vamos apresentá-lo à diretoria e presidência por esses dias, mas vale muito a troca de experiências.

Quais as principais características dessa mídia social interna nas empresas; quais os desafios encontrados. Aguardem que será bem rico.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A IMPORTÂNCIA DE VOCÊ CONHECER SEU PÚBLICO ALVO

Falamos, falamos de comunicação, mas hoje eu percebi que, na dinâmica do dia-a-dia, não comentei de um fator crucial para o sucesso de uma comunicação: o público alvo ou, como curtem os marketeiros, o target!

Estava conversando com minha gerente e comentávamos sobre uma necessidade de aparecer mais na imprensa... é que tem uma ação que precisava de resultado...

Bom, perguntei qual foi o plano de ação criado para o target, e ela disse que o gestor tinha um mailing para quem mandava as informações. Aí resolvi dizer que a imprensa não traz pessoas, não movimenta ação. Não preciso dizer o quanto fui criticada!

Mas a verdade é essa mesmo! A imprensa traz notoriedade, faz você aparecer, formar opinião, mas não traz pessoas como um bom plano de comunicação, que foca o público alvo, traça uma estratégia e vai atrás, buscar, bater na porta de quem realmente você quer atingir! E o que é que tem?:!?!

Tem que é melhor pensar nisso se não quiser que seu produto ou serviço seja apenas um belo exemplo não praticado!
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