terça-feira, 12 de agosto de 2008

JORNALISTA SÓ SABE ESCREVER?

Hoje vivi uma experiência interessante, que me fez pensar... será mesmo que jornalista só sabe escrever o português correto?

Sou formada em jornalismo desde 2000, pouco tempo, concordo! Porém, não limitei meu mundo ao dicionário e manuais ditados por jornais etc. E o que é que tem!?!

Simples, e digo já: paga-se um preço ridículo pelo simples fato de estar graduado em jornalismo! As pessoas e os próprios jornalistas cobram-nos como deveriam cobrar ao professor Pasquale!

A mera impressão que tenho é que todo jornalista deve ter o dicionário aurélio como livro de cabeceira; deve tomar café da manhã lendo manual do estadão ou da folha; seu entretenimento favorito deve ser ficar horas fazendo "coquetel", e olha que não é bebida...; e as brincadeiras com seus filhos deve ser algo como um concurso de soletrar palavras, quando o mundo joga bola, war, detetive etc. Nossa, que mundinho!

Não importa para os jornalistas que sua ação seja efetiva, que tenha dado certo... importa sim, se o português foi escrito de maneira adequada. Nesses anos todos de vivência em comunicação tenho pegado um certo "arrepio" pelo português! Em primeiro lugar porque está cheio de gente que "acha" que sabe escrever corretamente, só porque enche de vírgulas um texto ou mesmo, aplica a próclise onde não deve.

Outro dia recebi um material de uma área, onde a pessoa falou-me, polidamente, que o texto estava repleto de erros de português... ok, fui olhar com mais calma, porque quem trabalha em comunicação sem estrutura adequada e com prazos apertados, erra mesmo! Mas aí li e reli o texto e percebi que a "pessoa" encheu de próclise o texto... juro, voltei até o famoso manual de ortografia...

Para minha surpresa percebi que a "pessoa" aplicava próclise quando, na verdade, era ênclise... a história da crase é igual! Concordância verbal então... nossaaaaaaaaaaaaaaaaa! Alguém lembra o que é sujeito... aquele cara que dita a ação?

Em segundo lugar porque os "famosos" jornalistas de vanguarda estão ali, prontos, acho até que nem piscam, para pegar um erro de português. Não importa se ninguém lê o que eles escrevem, o importante é que esteja corretamente escrito. Hoje realizei uma ação ousada, fiz uma chamada e coloquei um "S" a mais no nome da pessoa... meu Deus, nem preciso dizer que, antes nuca olhado, o site estava para lá de "nas paradas".

Até fui achada na luta de boxe para alterar o erro, que foi de digitação... mas, com certeza, será olhado como uma falta de competência. E o que é que tem!?!

Agora estão de olho no que estava morto, uiaaaaaaaaaaaaaaaa.... parece que funcionou!

3 comentários:

Anônimo disse...

Solimar Camargo, como você pode colocar um "s" a mais????

huaHuahuahuauha

vidacuriosa disse...

Desculpe Sol, mas não posso concordar com isso. Admito que é preciso muito mais do que apenas conhecer as regras gramaticais, mas não se importar com os erros não é admissível. O poeta Mario Quintana disse uma vez que "um erro em bronze é um erro eterno". Acrescento que um erro em meios de comunicação é mais do que isso, é uma disseminação do erro. Quem lê acredita que está certo. É claro que não pode haver obsessão nem paranóia em relação ao erro. Eles sempre acontecem. Por mais que se cuide, é natural que ocorram equívocos. Mas procurar não errar é importante. Imagine uma outra profissão: seria aceitável um erro médico, um erro de cálculo na engenharia, um professor repassando erros aos seus alunos? E eles acontecem. A humildade é a melhor arma para combater os erros. E muito estudo.

vidacuriosa disse...

Desculpe Sol, mas não posso concordar com isso. Admito que é preciso muito mais do que apenas conhecer as regras gramaticais, mas não se importar com os erros não é admissível. O poeta Mario Quintana disse uma vez que "um erro em bronze é um erro eterno". Acrescento que um erro em meios de comunicação é mais do que isso, é uma disseminação do erro. Quem lê acredita que está certo. É claro que não pode haver obsessão nem paranóia em relação ao erro. Eles sempre acontecem. Por mais que se cuide, é natural que ocorram equívocos. Mas procurar não errar é importante. Imagine uma outra profissão: seria aceitável um erro médico, um erro de cálculo na engenharia, um professor repassando erros aos seus alunos? E eles acontecem. A humildade é a melhor arma para combater os erros. E muito estudo.

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